segunda-feira, 21 de março de 2016

Relato de um parto domiciliar ♡

Oi pessoal, tudo bem?
O Post de hoje é um relado de parto domiciliar feito por uma amiga querida, que me ajudou com muitas dicas na minha gestação e até hoje, quando tenho duvidas é a ela que eu recorro rs. Espero que gostem.
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Pâmela: Olá pessoal, agradeço de coração a Tainá pela oportunidade de falar um pouco com vocês, quando ela me trouxe o convite fiquei me perguntando como faria para falar sobre esse universo que é o parto domiciliar e decidi contar minha experiência, ou pelo menos parte dela.
Escolhi o parto domiciliar não porque está na moda, porque eram bonitos os vídeos (sim eu acho lindo), escolhi o parto domiciliar porque sabia que meu corpo havia sido feito pra isso, dentro dos hospitais eu não teria a liberdade que tive dentro da minha casa (vocês sabiam que dentro do hospital não podemos escolher a posição pra parir e muito menos nos alimentar?? Imagina lá, você sentindo dor e o médico falando, ah na hora de fazer não sentiu dor né?), pois é, no meu cantinho tive liberdade de andar, sentar, chorar, rir, cantar, gritar, comer e ser tratada com todo o respeito que esse momento merece, durante todo o tempo tinha uma equipe me monitorando e monitorando meu bebê e toda a evolução do trabalho de parto, esse mesmo respeito meu filho vai ser tratado quando nascesse. Nada de procedimentos desnecessários, é nascer e vir direto para meu colo, para meu cheiro e assim amamentá-lo em sua primeira hora de vida.
Essa mesma equipe tem capacidade para realizar procedimentos que possam ser necessários em caso de emergência médica. Na minha casa não é possível que seja utilizada a anestesia, todas as formas de alívio da dor são não farmacológicas (nada de remédio) daí vem a idéia de nascer na banheira, é muito bom entrar naquela água quentinha durante as contrações, assim como as massagens que são feitas, apoio do marido e carinho, palavras de apoio, olhar de cumplicidade. Não imaginam como o carinho dessas mulheres trazem força para nós e o quanto reduzem as taxas de cesarianas e anestesias todo esse fortalecimento emocional que encontramos nessas pessoas.
Entrei de cabeça na humanização do parto, em março de 2012, ao assistir um vídeo de parto domiciliar em Campinas acendeu em mim uma grande vontade de conhecer esse mundo, conversar mais sobre isso entender o que pensam essas mulheres e porque fizeram essa escolha. Encontrei na figura da Adele doula (http://adeledoula.blogspot.com.br/) alguém que falava a minha língua, pois também estava iniciando no mundo da humanização e devorava todos os artigos que ela postava no blog dela. Em outubro de 2013 assisti ao filme “O Renascimento do parto” e me vi apaixonada por aquele mundo e feliz em saber que com a escolha do parto domiciliar, teria meus direitos respeitados.
Toda essa minha pesquisa, estudo, foi feita por simples paixão, eu ainda não pensava em engravidar, estávamos planejando ainda.
Em junho de 2014 após fazer exames e verificar que estava tudo ok comigo, decidimos parar de tomar o anticoncepcional, em julho, nosso Davi já era anunciado. Inicialmente e pela pressa e saber se estava tudo bem, se a gravidez iria seguir seu trajeto normal, fui a uma consulta com o primeiro médico que encontrei, um médico que a família do meu marido freqüenta e definitivamente não era o médico que assistiria meu parto, eu já o conhecia e sabia que não era o que planejava, ele jamais assistiria meu parto domiciliar.
Participei de grupos na cidade de Campinas, que me trouxeram muitas informações e diante dessas informações, optei pela médica que seria backup do meu parto, pois em casa os partos são feitos em sua maioria por parteiras (enfermeira obstetra) e nesses grupos também descobri a equipe que assistiria meu parto, seriam as parteiras Aurora, com as queridas Olívia e Alana. Participo também do grupo Parto Humanizado Campinas e Região e conheci minha doula querida e super ativa Gisele Leal.
Minha gravidez foi muito tranqüila, tive um pequeno sangramento no começo, e também uma infecção urinária, medicada, segui o curso normal, leve e saltitante no pique total, pois estava muito bem, muito disposta, parto domiciliar somente pode ser feito por quem tem uma gravidez 100%, sem nenhuma ocorrência, do tipo pressão alta, alterações em plaquetas.
Davi nasceu e veio direto para meu colo, pro calor do meu corpo e no meu colo foi examinado. Quem deu seu primeiro banho foi eu em seu segundo dia de vida.
Tive muito apoio e orientação durante a amamentação de toda essa equipe, o que contribuiu muito para o sucesso dela.
Falar sobre parto domiciliar em somente um post não é fácil, espero ter dado uma breve introdução, abaixo algumas fontes de pesquisa para enriquecermos as conversas, quem se interessar mais no assunto, posso ajudar nas pesquisas.









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