Oi
pessoal, tudo bem?
O Post de hoje é um relado de parto domiciliar feito por uma amiga querida, que me ajudou com muitas dicas na minha gestação e até hoje, quando tenho duvidas é a ela que eu recorro rs. Espero que gostem.
O Post de hoje é um relado de parto domiciliar feito por uma amiga querida, que me ajudou com muitas dicas na minha gestação e até hoje, quando tenho duvidas é a ela que eu recorro rs. Espero que gostem.
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Pâmela: Olá
pessoal, agradeço de coração a Tainá pela oportunidade de falar um pouco com
vocês, quando ela me trouxe o convite fiquei me perguntando como faria para
falar sobre esse universo que é o parto domiciliar e decidi contar minha
experiência, ou pelo menos parte dela.
Escolhi
o parto domiciliar não porque está na moda, porque eram bonitos os vídeos (sim
eu acho lindo), escolhi o parto domiciliar porque sabia que meu corpo havia
sido feito pra isso, dentro dos hospitais eu não teria a liberdade que tive
dentro da minha casa (vocês sabiam que dentro do hospital não podemos escolher
a posição pra parir e muito menos nos alimentar?? Imagina lá, você sentindo dor
e o médico falando, ah na hora de fazer não sentiu dor né?), pois é, no meu
cantinho tive liberdade de andar, sentar, chorar, rir, cantar, gritar, comer e
ser tratada com todo o respeito que esse momento merece, durante todo o tempo
tinha uma equipe me monitorando e monitorando meu bebê e toda a evolução do
trabalho de parto, esse mesmo respeito meu filho vai ser tratado quando
nascesse. Nada de procedimentos desnecessários, é nascer e vir direto para meu
colo, para meu cheiro e assim amamentá-lo em sua primeira hora de vida.
Essa
mesma equipe tem capacidade para realizar procedimentos que possam ser necessários
em caso de emergência médica. Na minha casa não é possível que seja utilizada a
anestesia, todas as formas de alívio da dor são não farmacológicas (nada de
remédio) daí vem a idéia de nascer na banheira, é muito bom entrar naquela água
quentinha durante as contrações, assim como as massagens que são feitas, apoio
do marido e carinho, palavras de apoio, olhar de cumplicidade. Não imaginam
como o carinho dessas mulheres trazem força para nós e o quanto reduzem as
taxas de cesarianas e anestesias todo esse fortalecimento emocional que
encontramos nessas pessoas.
Entrei
de cabeça na humanização do parto, em março de 2012, ao assistir um vídeo de
parto domiciliar em Campinas acendeu em mim uma grande vontade de conhecer esse
mundo, conversar mais sobre isso entender o que pensam essas mulheres e porque
fizeram essa escolha. Encontrei na figura da Adele doula (http://adeledoula.blogspot.com.br/) alguém que
falava a minha língua, pois também estava iniciando no mundo da humanização e
devorava todos os artigos que ela postava no blog dela. Em outubro de 2013
assisti ao filme “O Renascimento do parto” e me vi apaixonada por aquele mundo
e feliz em saber que com a escolha do parto domiciliar, teria meus direitos
respeitados.
Toda
essa minha pesquisa, estudo, foi feita por simples paixão, eu ainda não pensava
em engravidar, estávamos planejando ainda.
Em
junho de 2014 após fazer exames e verificar que estava tudo ok comigo,
decidimos parar de tomar o anticoncepcional, em julho, nosso Davi já era
anunciado. Inicialmente e pela pressa e saber se estava tudo bem, se a gravidez
iria seguir seu trajeto normal, fui a uma consulta com o primeiro médico que
encontrei, um médico que a família do meu marido freqüenta e definitivamente
não era o médico que assistiria meu parto, eu já o conhecia e sabia que não era
o que planejava, ele jamais assistiria meu parto domiciliar.
Participei
de grupos na cidade de Campinas, que me trouxeram muitas informações e diante
dessas informações, optei pela médica que seria backup do meu parto, pois em
casa os partos são feitos em sua maioria por parteiras (enfermeira obstetra) e
nesses grupos também descobri a equipe que assistiria meu parto, seriam as
parteiras Aurora, com as queridas Olívia e Alana. Participo também do grupo
Parto Humanizado Campinas e Região e conheci minha doula querida e super ativa
Gisele Leal.
Minha
gravidez foi muito tranqüila, tive um pequeno sangramento no começo, e também
uma infecção urinária, medicada, segui o curso normal, leve e saltitante no
pique total, pois estava muito bem, muito disposta, parto domiciliar somente
pode ser feito por quem tem uma gravidez 100%, sem nenhuma ocorrência, do tipo
pressão alta, alterações em plaquetas.
Davi
nasceu e veio direto para meu colo, pro calor do meu corpo e no meu colo foi
examinado. Quem deu seu primeiro banho foi eu em seu segundo dia de vida.
Tive
muito apoio e orientação durante a amamentação de toda essa equipe, o que
contribuiu muito para o sucesso dela.
Falar
sobre parto domiciliar em somente um post não é fácil, espero ter dado uma
breve introdução, abaixo algumas fontes de pesquisa para enriquecermos as
conversas, quem se interessar mais no assunto, posso ajudar nas pesquisas.
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